Esse
verbo está na moda. É palavra de ordem na internet e, quanto mais
engajado, atualizado e inserido no mundo moderno, mais
compartilhamentos você deve fazer diariamente – dividir com as
pessoas o que você pensa ser interessante, o que aprendeu, o que
está em fase de desenvolvimento, suas criações, adaptações e
visão de mundo.
Artistas,
cientistas e todo profissional bem-sucedido carregam essa vontade de
compartilhamento dentro de si É um sinal de que existe uma
satisfação interna naquilo que se faz. Essa atitude de dividir
conhecimento e experiências é algo extremamente benéfico e quanto
antes percebermos isso, melhor . A paixão pelo que se faz é tão
grande que a sensação de que a todos pertencem é imperativa –
uma percepção de que sua obra passa a ser algo universal, muito
além do pequeno e egoísta.
Um
músico de blues, por exemplo, defende com alma e dentes o gênero e
deve repassar adiante tudo o que aprendeu para criar uma cena do
estilo mais forte e rica – em vez de guardar para si, escondendo o
jogo. Assim, com felicidade, ele verá outros músicos talentosos e
bandas, como uma confraria de amigos pelo mesmo ideal, e não como
concorrentes.
Compartilhar
o que fazemos com a sensação de não pertencer a ninguém nos deixa
de tal forma livres que dizer o que é melhor ou pior torna-se
relativo. Reconhecendo esse sentimento e posicionamento perante os
outros, encontramos uma liberdade consistente que será o impulso
para a criatividade e o autodesenvolvimento. Além disso, para
comunicar seus conhecimentos é necessário racionalizá-lo, e isso
por si só já ajuda muito em atingir um nível superior na criação.
Por
muitas vezes nos deparamos com a dúvida de que nossa arte talvez não
seja tão boa e que as pessoas não irão gostar. Essa atitude de
comparar com outros trabalhos perturba diretamente a sua relação
com o que você faz e torna-se um obstáculo no processo criativo,
interferindo no fluxo da criação. Isso serve para qualquer
situação, mas, em nosso caso, guitarristas e músicos, influi
negativamente no momento da composição ou da improvisação.
Esses
obstáculos, receios e medos estão dentro de nós e por isso é tão
difícil chegar a instantes de pura inspiração e criatividade
plena. Quanto antes notarmos e evitarmos essas dificuldades que nós
mesmos nos impomos inconscientemente, melhor.
A
total liberdade, pela qual descobrimos nossas melhores músicas,
solos e improvisos, ocorrerá apenas quando estivermos certos do que
somos e onde queremos chegar, pois isso traz um sentimento de paz e
segurança que nos proporciona uma energia incrível e, assim, a
criatividade é coroada. Por outro lado, os receios de descobrir quem
você é atravanca e obstrui o processo criativo. Estude, descubra,
pesquise, organize as informações e evolua ao dividir suas
conquistas com os outros.
13 de setembro de 2012
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Por:
Kiko Loureiro
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