Os Limites do Branding
Os
adversos aos estrangeirismos habituais que me perdoem, mas é difícil
evitar: branding,marketing e advertising. Mestres no assunto, os
norte-americanos devidamente impõem a terminologia que acatamos mas
que nem sempre compreendemos bem. Seja uma marca gigante como Coca
–Cola, ou mesmo nós guitarristas que almejamos uma carreira sólida
devemos entender e utilizar estes conceitos.
O
tópico deste blog me veio à cabeça quando vi a capa do novo álbum
da cantora e pianista de jazz Diana Krall em um folheto de uma loja
de departamentos sofisticada. Eu nem ouvi a música e nem sei o
conceito do álbum, porém tive uma sensação estranha ao ver a
capa. Com o “advertising” ali na minha frente, que deve fazer
parte de uma campanha de “marketing” avassaladora da gravadora,
ao meu ver, o “branding" deixou a desejar.
Longe
de ser um perito no assunto, enxergo-o de forma leiga e simplificada,
mas como minha avó já dizia: "Propaganda é a alma do
negócio". Sei da importância e do cuidado que temos que ter em
relação a estas três fundamentais palavrinhas da vida moderna.
Quando
nos lançamos como artistas, somos o “brand” e criar a estratégia
de valorização da própria marca, o chamado “branding, é
fundamental. É basicamente desenvolver os aspectos de como as
pessoas irão te ver, sentir e se conectar contigo. É o intangível
que nos faz amar uma marca, comprar um produto e, no nosso caso,
gostar, admirar e respeitar um artista.
É
o encontro do que achamos que somos com o que os outros pensam que
somos.
Depois
de analisar isso, pode-se desenvolver uma imagem, logos, cores,
atitude, forma de falar, de escrever, de se apresentar, de se expor
na internet dentre outras coisas. Isso é o que constrói a relação
com o público que você quer atingir. Transmitir algo que somos de
maneira sustentada, consistente, adaptando-se às mudanças pessoais,
e respeitando a forma de como queremos ser visto pelo público: eis a
forma de estruturar o próprio branding
É
recorrente no “music business” que alguns artistas tenham o
ímpeto de ganhar novos públicos, novos mercados, fazer o
“crossover” ( desculpem-me mais uma vez os Policarpos Quaresmas
de plantão), isto é, cruzar a linha do seu nicho e alcançar novos
admiradores.Bom quando é de forma analítica da marca , mas quando
enxergam no sucesso “o céu é o limite”, podem perder-se no
meio do caminho com atitudes que desagrade os fãs de carteirinha. É
sempre um passo delicado e perigoso.
Agora
é esperar para ver se a Diana será indicada mais uma vez ao Grammy
como musicista de Jazz com seu visual de moça de Lupanário do
Faroeste ou quem sabe o próximo passo será entrar no palco dançando
estilo Beyoncé em um estádio lotado.
2 comentários:
Interessante sua linha de raciocínio.
Eu quis postar sobre algo assim na minha página e você me deu uma idéia. Cheers.
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